
Em reunião pública, sob proposta apresentada pelo presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), a atribuição do nome Papa Francisco ao Parque Tejo foi viabilizada com a abstenção dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e do Livre, e com os votos a favor da liderança PSD/CDS-PP, PS, PCP e BE.
Um mês depois do anúncio desta proposta, concretizada após a morte do Papa Francisco, em 21 de abril, o presidente da câmara submeteu hoje a iniciativa à votação do executivo municipal.
A proposta pretende ser uma homenagem ao Papa Francisco no Parque Tejo, local onde esteve durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em agosto de 2023, indicou Carlos Moedas, referindo que essa atribuição do topónimo é feita juntamente com a Câmara de Loures.
Localizado em terrenos dos concelhos de Lisboa e de Loures, num total de cerca de 100 hectares, o Parque Tejo nasceu após a transformação de uma lixeira, o aterro sanitário de Beirolas, num parque verde, no âmbito da preparação da JMJ.
Também sob proposta de PSD/CDS-PP, o executivo municipal decidiu, por unanimidade, a atribuição do nome da editora dinamarquesa Snu Abecassis à Rua 10 do Plano de Urbanização da Alta de Lisboa (PUAL), no Lumiar, e do nome da engenheira civil Maria Amélia Chaves à Rua C à Avenida de Praga, em Carnide.
Com a abstenção dos Cidadãos Por Lisboa, foi aprovada a atribuição do topónimo Santo Agostinho, filósofo, teólogo e bispo de Hipona, à rua sem nome à Av. Infante D. Henrique, em Marvila.
A favor da atribuição do nome Papa Francisco ao Parque Tejo, o vereador do PS Pedro Anastácio questionou sobre quando haverá um projeto para o parque verde, referindo que neste momento o espaço é “um descampado sem utilidade”.
Também o vereador do PCP João Ferreira considerou que “é justo que a toponímia da cidade reconheça o Papa Francisco” e alertou para “o muito que há para fazer” para ter um parque verde no local, com condições para fruição por parte da população.
Em resposta, Carlos Moedas disse que “o sonho é que seja um parque verde, que seja utilizado pelas pessoas”, referindo que há um projeto nesse âmbito, que está pronto a apresentar e que vai ter quatro fases, adiantando que o espaço vai dar “continuidade à própria linha do Parque das Nações”.
O presidente da câmara acrescentou que o projeto pode ter mais sombras e mais equipamentos e reforçou que não se pretende “nem betão, nem construir nada”, indicando que o parque está já a ser utilizado pelas pessoas.
Moedas reconheceu que houve dificuldades no início quanto à manutenção e limpeza do espaço, mas que se encontram resolvidas.
O vereador do PS interrogou também sobre a intervenção prevista para o Bairro da Liberdade, em Campolide, local que também foi visitado pelo Papa Francisco no âmbito da JMJ e que carece de requalificação, tendo Carlos Moedas afirmado que está em curso um projeto nas infraestruturas, com intervenção em “mais de 60 ruas”, e que existem planos relativos à habitação.
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