“Este PDM tem de estar pronto até ao final de 2018 porque seria desastroso se isso não acontecesse. Contudo, até final deste ano devem ser colocadas cá fora as suas linhas orientadoras”, afirmou durante uma conferência de imprensa, na sua sede de campanha.
Para Narciso Miranda, não há qualquer explicação que justifique que um PDM esteja a preparar-se para uma alteração “há pelo menos 12 anos”.
“Não é aceitável que o PDM de Matosinhos esteja há 12 anos nos gabinetes na fase de preparação para a sua revisão, sendo fundamental que esse precioso instrumento para a gestão do território saia dos gabinetes para funcionar como bíblia do ordenamento do território”, considerou.
Apesar desta crítica, o independente reconheceu que fazer o PDM de Matosinhos é uma “tarefa mais difícil” do que noutros concelhos, pela sua localização estratégica e pelo facto de ter no território pontos de desenvolvimento do Norte de Portugal.
Na sua opinião, o PDM deve ter em consideração três vertentes, nomeadamente a municipal, metropolitana e regional.
Na componente municipal, o foco deve ser o concelho em si, aquilo que é do interesse e gerador de qualidade de vida para as pessoas. Já na perspetiva metropolitana, é necessário olhar para a interligação de Matosinhos com os concelhos vizinhos e na visão regional é importante dar importância às principais infraestruturas de desenvolvimento económico do Norte, explicou.
“Atenção que não defendo um PDM estático, mas sim um PDM dinâmico, onde se podem e devem fazer reajustamentos”, referiu o candidato.
O ordenamento do território implica ainda classificar o solo urbano e não urbano e valorizar o ambiente, nomeadamente os recursos naturais como os rios, ribeiros e riachos, numa perspetiva não só ecológica, mas de lazer, defendeu.
Narciso Miranda salientou que a indução da economia é outra das medidas necessárias para criar novas zonas industriais e novos espaços para condomínios empresariais.
As acessibilidades são outras das vertentes a ter em conta no PDM, disse, sublinhando que existem “bloqueios” no território que são fundamentais resolver, como é o caso da A28.
Ainda nesta área, Narciso Miranda realçou que são precisas mais acessibilidades para as pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência que, no concelho, ascendem a 10.818.
Retirar os autotanques da teia urbana foi outro dos aspetos focados pelo independente que defendeu uma ligação da Petrogal à A28.
Narciso Miranda entendeu que o PDM deve ter ciente que Matosinhos é uma cidade de vocação para o mar, tendo aqui uma “imensidão de oportunidades” que é necessário não descurar, realçando a “extrema importância” do Porto de Leixões.
Segundo o candidato, as plataformas logísticas são imprescindíveis, mas é preciso pensar melhor a sua localização.
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