"Anuncio aqui, aos madeirenses e porto-santenses, que me demito de presidente do Partido Socialista, provocando obviamente eleições e congresso para uma nova liderança”, disse.
E reforçou: “Isto significa que não serei candidato a um novo mandato nas eleições que se irão seguir e que também irei sair da Assembleia Regional e deixar o meu lugar de deputado”.
Numa declaração na sede do PS, no Funchal, Paulo Cafôfo disse que o partido não atingiu o resultado que esperava e que ele próprio não alcançou os objetivos a que se propusera para as eleições autárquicas.
O PS manteve as câmaras municipais do Porto Moniz (costa norte da Madeira), Ponta do Sol (zona oeste) e Machico (zona leste), mas perdeu para o PSD/CDS-PP a do Funchal, que governava em coligação com BE, MPT, PDR e Nós, Cidadãos!.
“Há um facto que é indesmentível: o Partido Socialista não ganhou estas eleições”, disse Paulo Cafôfo, sublinhando que vai “respeitar a decisão das populações”, mas afirmando que a derrota teria de ter “uma consequência”.
Ao anunciar a demissão de presidente do PS/Madeira, Cafôfo declarou que estava a ser coerente consigo, com o seu caráter e com a sua dignidade.
“É preciso saber sair”, disse, acrescentando: “Ao contrário de outros, sei que a política é uma missão e sei que a minha missão, neste contexto e face a estes resultados, chegou ao fim”.
E reforçou: “Saio com a consciência de dever cumprido, que lutei com todas as minhas forças, estive sempre de alma e coração”.
Paulo Cafôfo disse ainda que o PS continua a ser a “única alternativa” na região autónoma, vincando também que, como cidadão, continuará a lutar para ter “outra Madeira”.
“Esta não é a minha Madeira, como sei que não é a Madeira de muitos madeirenses e muitos porto-santenses. Por essa razão, saio de cabeça erguida, olhando, olhos nos olhos, a todas as pessoas que servi nesta missão pública, seja as pessoas que estiveram ao meu lado, sejam os meus opositores”, acrescentou.
(Notícia atualiza às 01:17 de 27 de setembro)
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