Foi “um resultado que, sem prejuízo da sua expressão nacional, fica aquém dos objetivos colocados”, admitiu a Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP, num comunicado enviado à agência Lusa.

Para os comunistas, as “perdas” das presidências das câmaras municipais de Mora, Montemor-o-Novo, Alvito (todas para o PS) e Vila Viçosa (para a coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT) são “negativas para os trabalhadores e o povo”.

A DRA do PCP destacou, por sua vez, como dados positivos, as “novas maiorias obtidas em Viana do Alentejo e Barrancos”, ambas conquistadas ao PS, e os “extraordinários resultados obtidos em Aljustrel, Moura, Odemira e Campo Maior”, apesar de não ter ganho.

Além disso, sublinhou, foi registado “o aumento de votos” da CDU em vários concelhos alentejanos, o que permitiu “a eleição de vereadores e membros de assembleias municipais e de freguesia”.

A CDU “confirma-se como uma grande força no poder local democrático na região”, considerou a estrutura comunista, lembrando que a coligação possui agora a presidência dos municípios de Alcácer do Sal, Arraiolos, Avis, Barrancos, Cuba, Évora, Grândola, Monforte, Santiago do Cacém, Serpa, Viana do Alentejo e Vidigueira.

Segundo o PCP do Alentejo, tem “particular relevância as centenas de mandatos obtidos pela CDU nos órgãos municipais e de freguesia na região”, pois, “a leitura dos resultados para as autarquias locais não pode ficar circunscrita, como alguns, fazem às posições de maioria”.

“A natureza plural e colegial do poder local democrático atribui a cada mandato um valor próprio de intervenção, seja para intervir na construção de soluções e propostas, seja para dar voz aos interesses das populações” ou “para garantir rigor e transparência no funcionamento das autarquias”, realçou.

Os comunistas defenderam ainda que o resultado da CDU no Alentejo “é inseparável” de fatores como os “condicionamentos no plano da participação”, devido à pandemia de covid-19, e “os efeitos de uma prolongada e intensa campanha anticomunista”, entre outros.

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