“Consideramos que esse novo PDM tem de merecer um amplo e democrático debate na sociedade lisboeta e, para esse debate, devem ser chamadas as universidades, com as suas diferentes valências, na arquitetura, no urbanismo, na engenharia, na cultura. Em todas as vertentes à volta das quais se constrói um modelo de cidade, as universidades devem estar envolvidas no debate e dar os seus pareceres, de forma dinâmica, porque isso é que cria uma massa crítica e um plano urbanístico democrático”, defendeu Luís Júdice.
‘Plantado’ à saída da estação de metro da Cidade Universitária, com vista para a Faculdade de Letras, onde a filha se licenciou, e para a Faculdade de Direito, onde foi preso pela primeira vez pela PIDE, o candidato ao executivo da capital elogiou o nível científico do ensino superior lisboeta, considerando-o “comparável ao que de melhor há na Europa e no Mundo”.
Luís Júdice não escondeu a desilusão pela falta de diálogo com os estudantes, que, durante cerca de 40 minutos, se limitaram a aceitar os 500 panfletos distribuídos por uma ‘brigada’ composta por cinco elementos.
“O nosso partido caracterizou-se, nos anos 60, por conseguir mobilizar a juventude. Soubemos fazer um trabalho intensíssimo, as nossas propostas ganharam a simpatia de um conjunto bastante elevado de jovens e hoje temos de os reconquistar”, assumiu.
Para o candidato do PCTP/MRPP, a falta de empatia dos mais novos com o discurso político deve-se à ausência de fóruns de discussão.
“150 mil jovens estudantes entram todos os dias em Lisboa para estudar e regressam ao final do dia a casa. Nesse quadro, é muito complicado haver debate”, reconheceu.
Júdice quer inverter essa tendência através do seu programa eleitoral, que preconiza uma Bolsa de Arrendamento: “São as 200 mil casas devolutas que há em Lisboa que, se ao fim de seis meses continuarem no mercado de arrendamento ou não forem vendidas, têm de ser, nem que seja compulsivamente, vertidas para essa bolsa, de forma a permitir que esses estudantes tenham acesso à habitação”.
Nas eleições de 01 de outubro concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).
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