A remessa, que provavelmente iria ser enviada para o mercado asiático, estava declarada como “ossos”, mas devido às suspeitas de que o conteúdo dentro das embalagens poderia ser de animais protegidos, os agentes da alfândega abriram a caixa e descobriram vários pacotes com escamas de pangolim.
Estima-se que o valor das escamas alcançaria os 8,5 milhões de liras (1,3 milhões de euros) no mercado turco e poderia chegar aos três milhões de dólares (2,7 milhões de euros) no mercado asiático, de acordo com a nota do Ministério turco.
O pangolim é um mamífero coberto de escamas, alimenta-se de formigas e habita em vários países da Ásia, desde a China até à Indonésia, assim como em África — desde a Guiné até à África do Sul.
Segundo a denúncia da União Internacional para Conservação da Natureza, das oito espécies conhecidas, as quatro asiáticas estão em perigo ou criticamente em perigo, enquanto as restantes africanas são consideradas vulneráveis.
As escamas deste animal são utilizadas na medicina tradicional asiática para todo o tipo de remédios e com a redução das populações do mamífero na Ásia, cada vez mais se exporta o pangolim proveniente de África para os mercados asiáticos, segundo a organização.
Entre 2000 e 2016, um milhão de pangolins foram vítimas do comércio ilegal, sendo o animal mais traficado do mundo.
Para uma tonelada de escamas é preciso matar-se aproximadamente 1.800 pangolins e estima-se que apenas no ano de 2017, cerca de 68 toneladas foram exportadas ilegalmente desde África.
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