Na cerimónia de oficialização da venda das aeronaves, que decorreu naquela Base Aérea, no distrito de Leiria, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, disse os caças iam ser alvo de um processo de modernização e atualização na OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal SA, informação que depois o gabinete de comunicação veio alterar.
"Com este processo estamos, não só alienar aeronaves, como a estabelecer um relacionamento muito estreito de colaboração com a Força Aérea romena, com os pilotos e toda a equipa de manutenção", salientou o governante, que esteve acompanhado do seu homólogo romeno.
Em declarações aos jornalistas, após uma curta cerimónia protocolar, o governante português salientou que os caças alienados estavam ao serviço, mas que de acordo com a análise que é feita no sistema nacional de forças "podem ser alienadas".
De acordo com o ministro, em junho serão entregues as primeiras aeronaves, em outubro mais duas e a última será no início de 2021.
O negócio de 130 milhões de euros inclui, além dos caças F-16, a reconversão técnica para as especificações romenas e o trabalho da Força Aérea portuguesa na Roménia para transmissão de informações e manutenção.
O ministro da Defesa Nacional adiantou ainda que os dois países vão trabalhar em conjunto no âmbito da NATO e União Europeia e que está a ser estudada o reforço de cooperação com a Roménia num conjunto de áreas.
"A Roménia está interessada na nossa indústria têxtil, que têm fornecido as nossas Forças Armadas, e falámos também da possibilidade de trabalho conjunto no GEOMETOC - Centro de excelência da Nato em Portugal, do centro de excelência da Roménia sobre inteligência humana, que interessa a Portugal, e de colaboração no âmbito do espaço", referiu.
O governante referiu também que os dois países sentem necessidade "de reforçar as suas capacidades navais, com construção de navios em Portugal e na Roménia".
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