Segundo Alberto Morgado, vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, a reabertura das instalações será efetuada "brevemente", sem adiantar datas.
O autarca explicou hoje à Lusa que o município assinou um protocolo com a CGD, na terça-feira, que "permite alargar as respostas dos serviços bancários às instituições públicas, aos privados e às empresas, ainda que mantendo-se a extinção do código 0057 [correspondente] à ex-agência de Almeida".
"Conseguimos, também, com esse protocolo, manter presença humana diária e permanentemente" nas instalações da CGD que atualmente apenas possuem atendimento automático, apoiado por uma funcionária, acrescentou.
O vice-presidente da autarquia disse que por parte do banco foi também garantido "que a colaboradora em funções passará a exercer a sua atividade nas atuais instalações da CGD, ainda que provisoriamente, uma vez que o protocolo contempla uma solução acordada entre as partes e as [futuras] instalações da Caixa serem concebidas nas instalações da Câmara Municipal de Almeida".
"Os clientes da ex-agência [de Almeida] serão informados do alargamento e das condições na prestação dos serviços bancários", rematou.
Segundo Alberto Morgado, "aquilo que inicialmente estava previsto, que era transitoriamente existir presença humana e atendimento em área automática, passou a ser [em breve] atendimento presencial permanente, indo ao encontro das necessidades das repartições públicas, dos particulares e das empresas, uma vez que se trata de uma sede de concelho".
O autarca explicou que o antigo balcão da CGD de Almeida, onde estão serviços automáticos, "não operacionaliza todas as opções, mas passará a operacionalizar, no mais curto espaço possível de tempo".
Indicou que ali vão passar a "ser feitos todos os atos bancários, exceto o serviço de caixa/tesouraria presencial".
O encerramento do balcão da CGD da vila de Almeida, no distrito da Guarda, foi anunciado em abril.
Logo nessa altura, os habitantes e os autarcas do concelho de Almeida manifestaram-se contra essa possibilidade e chegaram a ocupar as instalações.
Após o encerramento da agência, em maio, as ações de protesto foram realizadas em Vilar Formoso - onde funciona a única agência da CGD do concelho de Almeida - e os ânimos só acalmaram após o presidente da Câmara Municipal, António Baptista Ribeiro, ter reunido, no dia 16 de maio, com o Presidente da República.
O fecho da agência de Almeida faz parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e consta da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.
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