Ban Ki-moon – em funções até janeiro, quando o português António Guterres assume o cargo – disse que a ONU está “a mobilizar todos os recursos” para garantir que as várias partes em conflito continuem o processo de evacuação das zonas de Alepo controladas pelos rebeldes (leste da cidade). Este processo foi suspenso hoje, quando já tinham saído da cidade alguns milhares de pessoas.
O responsável máximo das Nações Unidas explicou em conferência de imprensa que entre estas pessoas retiradas de Alepo contavam-se 194 doentes, que foram levados para hospitais de várias zonas da Síria.
Ban Ki-moon também apelou ao retomar urgente, e em “completa segurança”, da evacuação.
“As Nações Unidas (…) apelam às partes que adotem todas as medidas necessárias a fim de que seja retomado, em completa segurança, o processo de evacuação”, disse.
A evacuação de Alepo integra-se num acordo de cessar-fogo negociado entre a Rússia e a Turquia e que entrou em vigor na quinta-feira, depois de ter fracassado numa primeira tentativa na véspera.
Já hoje a evacuação foi suspensa pelas forças sírias, que acusaram a oposição de não ter respeitado os termos do acordo.
Segundo fonte militar síria, a interrupção foi decidida depois de homens armados abrirem fogo para tentarem fugir com reféns, ou seja, militares sírios ou combatentes de milícias pró-regime.
Segundo o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, cerca de 50.000 pessoas continuam em Alepo leste.
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