“Desde o meu primeiro dia de mandato, tenho levado com prioridade a causa das mudanças climáticas. Temos que ter certeza de que o Acordo de Paris será implementado na sua totalidade”, disse Ban Ki-moon numa conferência de imprensa no âmbito da Conferência do Clima (COP 22), em Marraquexe,
Faltando pouco mais de um mês para terminar seu mandato, Ban Ki-moon está em Marraquexe para participar na sua última COP e apelou para que todos os países ratifiquem o quanto antes o Acordo de Paris.
“Temos muito a ganhar se agirmos agora. É preciso aumentar o nível de ambição dos planos nacionais de clima para os próximos anos e acelerar os esforços”, defendeu.
Não há um “plano B”, disse Ban Ki-moon porque não há “um planeta B, é só esse”.
“O que antes era impensável, agora é imparável. Peço aos líderes políticos que tenham uma responsabilidade moral. O Acordo de Paris entrou em vigor num tempo recorde. Nunca na história das Nações Unidas, nenhum acordo entrou em vigor tão rapidamente”, afirmou.
A 22.ª Conferência Quadro das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 22) continuará em Marraquexe até ao próximo dia 18.
Hoje, chefes de Estado de Governo e ministros discursarão em plenária, estando previstas intervenções dos primeiros-ministros português, António Costa, e são-tomense, Patrice Trovoada.
A conferência ocorre um ano após o Acordo de Paris, quando 195 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram o acordo para limitar o aumento da temperatura do planeta em até 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.
O desafio nesta Conferência do Clima em Marrocos é alcançar um consenso sobre as regras de como implementar o Acordo de Paris.
O tema do financiamento está no centro do debate, tanto em relação à ajuda pública aos países em desenvolvimento de 100 mil milhões de dólares, prometidos até 2020, como ao objetivo de tornar “mais verdes” as finanças mundiais.
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