Para o responsável, que falava esta segunda-feira na abertura das XVI jornadas de auditoria interna do BdP, “hoje é preciso reforçar as funções de controle e auditoria interna”.
Assim, disse, o modelo de auditoria nas organizações deve ser mais proativo do que reativo, antecipar os factos em vez de correr atrás deles e apostar na “antecipação, assistência e prevenção de problemas”.
Carlos Costa comparou as funções de contabilidade, controlo e auditoria de uma organização a um termóstato de um aquecedor: “Se o sistema de avaliação da temperatura falhar, se o sistema de comunicação falhar e se o sistema reativo falhar, o que vai acontecer pura e simplesmente é que vai explodir o sistema de aquecimento, porque sobreaquece e não há uma atuação reativa”.
Assim, tal como o termóstato que reúne as três funções, Carlos Costa alerta que “uma organização pode implodir se não tiver claramente e nitidamente estabelecido como se processa a informação, como é que se controla, analisa e revê”.
“A grande diferença entre uma organização e um sistema de aquecimento com termóstato é que o sistema com termóstato fixa a temperatura e a temperatura vale sempre, numa organização estamos a trabalhar com pessoas, com uma envolvente dinâmica e outros fatores que têm a ver com a própria lógica de mobilização de recursos e acesso aos mercados”, disse.
A auditoria deve assim, segundo o responsável, garantir um conhecimento muito intenso da organização e deve ser vista “não como os policias que chegam para verificar se tudo está bem, mas os detentores de uma visão holística da organização”.
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