Em declarações à agência Lusa, José Rondão Almeida relatou que “houve alguém que, no decorrer da noite passada, decidiu retirar a bandeira portuguesa e colocar lá a bandeira da federação russa”.
“Lamentamos e vamos tentar que as autoridades abram um inquérito para vermos se somos capazes de identificar a pessoa”, adiantou, sublinhando que o desrespeito pela bandeira nacional é um crime público.
Considerando que este ato “não faz sentido nenhum”, o presidente do município realçou que só pode ter sido “uma brincadeira de mau gosto”.
Segundo Rondão Almeida, a bandeira da federação russa foi retirada e a nacional reposta pouco depois das 08:00 de hoje, quando os funcionários da autarquia entraram ao serviço.
Num comunicado publicado nas redes sociais da câmara, o autarca lembrou que a bandeira nacional de grandes dimensões se encontra hasteada, em permanência, junto ao Aqueduto da Amoreira, desde que Elvas acolheu, em 2013, as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
“Em meu nome e do município venho publicamente repudiar não apenas este como todos os atos de vandalismo de que seja alvo o nosso património, ainda para mais quando está em causa um dos principais signos de identidade da nossa nação”, escreveu, no comunicado.
E acrescentou que, “pelo facto de a situação configurar um crime público, o município irá fazer uma participação às autoridades competentes”.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O conflito provocou um número ainda por determinar de vítimas, milhões de refugiados, a destruição de parte da Ucrânia e perturbações nas exportações energéticas e agrícolas que fizeram recear uma crise alimentar global.
A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no financiamento e no fornecimento de armamento.
Os aliados ocidentais também têm decretado sanções económicas contra a Rússia para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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