"O presidente não irá ao funeral", disse esta segunda-feira, 28, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
Também Justin Trudeau, o primeiro-ministro canadiano, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel não irão comparecer ao funeral do histórico líder cubano.
O Canadá informou que o país marcará presença através do seu governador-geral, David Johnston, representante da rainha Elizabeth II, chefe de Estado. Tal acontece depois de Trudeau ter sido alvo de várias críticas por líderes conservadores, depois de ter lamentado, no sábado, a morte de Fidel Castro. Mesmo reconhecendo que o cubano foi uma "figura polémica", o primeiro-ministro apelidou Fidel de "líder extraordinário", "revolucionário e orador lendário ".
O antigo chanceler alemão Gerhard Schröder, do SPD, representará o seu país nas cerimónias fúnebres de Fidel Castro, anunciou Berlim esta segunda-feira."A Alemanha estará representada no funeral de Fidel Castro pelo ex-chanceler Gerhard Schröder. Tal foi acordado entre o presidente federal e o governo federal", declarou um porta-voz do governo alemão.
Pouco antes, o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, tinha denunciado a Revolução Cubana, que "submeteu à Ilha e aos seus habitantes um sistema de repressão política durante décadas".
"A liberdade de expressão, os direitos humanos e a democracia não faziam parte das ideias de Fidel Castro", acrescentou, em conferência de imprensa.
Outro líder mundial que não vai comparecer, o presidente francês, François Hollande, estará representado pelo número três do governo, Ségolène Royal, afirmaram fontes da sua equipe à AFP, esta segunda.
"Estará representado por Jean-Pierre Bel", seu enviado pessoal para a América Latina e ex-presidente do Senado, que estará em Havana a partir de terça, e pela ministra da Ecologia, Ségolène Royal, no domingo.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que estará em Cuba, para onde viaja esta terça de manhã, para prestar uma última homenagem ao falecido líder revolucionário Fidel Castro.
"Vamos acompanhar o povo de Cuba nas homenagens mundiais que serão feitas na Praça da Revolução a esse 'gigante'", declarou numa reunião de ministros no Palácio de Miraflores.
"Honra e glória eterna a este 'gigante' que deu a sua vida pelos povos do mundo", acrescentou.
Na terça-feira à noite decorre uma cerimónia de despedida de Fidel, para a qual a comunidade diplomática e os chefes de Estado estrangeiros foram convidados.
As cinzas do líder cubano serão transferidas de Havana para Santiago de Cuba, no sudeste do país, numa procissão de cerca e mil quilómetros, que durará de quarta-feira a sábado.
Os seus restos mortais serão enterrados no domingo, 4, no cemitério de Santa Ifigenia de Santiago de Cuba, onde jaz o corpo do herói nacional da independência, José Martí.
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