“É um Governo que está a leste do país real. Por isso mesmo, o BE não pode concordar com o caminho que tem sido traçado e isso estende-se ao Orçamento”, afirmou a dirigente, em declarações aos jornalistas, quando questionada sobre a primeira ronda negocial do Governo com os partidos sobre o Orçamento de Estado para 2025, realizada na sexta-feira.
Falando quando visitava o Festival Mimo, que decorre este fim de semana em Amarante, no distrito do Porto, a líder do BE assinalou que o partido irá apresentar alterações ao Orçamento de Estado, sinalizando o interesse de participar no processo orçamental, como sempre participa.
“Mas fazemos uma análise do caminho que o Governo escolheu, que é de proteção dos donos de Portugal, de privilégio, que não reconhece o país que tem, o povo que tem e as suas dificuldades”, sinalizou.
Para Mariana Mortágua, “a visão que este Orçamento terá é de um programa da direita, o programa do PSD para o país”, em que “as principais escolhas até agora são a privatização do SNS”, a “ausência de qualquer resposta para a habitação”, uma “política fiscal injusta que privilegia quem está em cima, quem mais recebe e não o povo”.
Por isso, reafirmou aos jornalistas, é preciso trabalhar em alternativas na política, constituindo o BE “uma alternativa a este Governo de direita”.
“Não trocamos essa alternativa, essa visão alternativa do mundo e do país por três ou quatro pequenas medidas no orçamento”, avisou.
Mesmo que essas pequenas medidas sejam aprovadas “isso não apaga o caráter de privilégio e de desigualdades que este Orçamento e que esta escolha vêm imprimir no país”, concluiu.
Comentários