Em comunicado, o BE refere que as touradas “são um espetáculo violento que não deve ter lugar na cidade de Lisboa”, acrescentando ser tempo de o Campo Pequeno ser “transformado num espaço público multiusos sem sofrimento animal, contribuindo para a diversidade cultural e desportiva da cidade”.
À Lusa, Hélder Milheiro, secretário-geral da Pro Toiro, detentora a marca Touradas (promotora do festival do Dia da Tauromaquia) explicou que a iniciativa se encontra dentro da lei, já que os bilhetes são oferecidos aos menores de 12 anos quando acompanhados de um adulto.
“O Bloco de Esquerda quer limitar e proibir a vida cultural e o acesso das crianças”, bem como condicionar os menores e as famílias na decisão dos “espetáculos que frequentam”, disse Hélder Milheiro, acrescentando que, “por lei, um menor pode ir acompanhado”.
De acordo com Hélder Milheiro, durante o dia do espetáculo vão decorrer várias atividades que celebram a cultura tauromáquica, encerrando o evento com um festival taurino, no qual pode entrar um menor de 12 anos, quando “acompanhado por adulto ou educador responsável como acontece no cinema ou teatro”.
“Um dos espetáculo tauromáquicos, não é corrida de touros formalmente, mas é uma tourada, com bilhete pago, ao qual decidimos, como é um dia de celebração dedicado a todos os aficionados, dar acesso às crianças menores de 12 anos acompanhadas por adultos”, disse.
Em comunicado hoje divulgado, o Bloco questiona ainda que ações serão tomadas pelo presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina (PS), e pela Inspeção-Geral de Atividades Culturais, responsável pela área.
O Comité dos Direitos das Crianças da ONU, autoridade em matérias relativas a menores, recomendou que a idade mínima para assistir a touradas fosse os 18 anos, tendo enviado, inclusivamente, uma recomendação ao estado português demonstrando preocupação com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espetadores expostos à violência das touradas.
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