"A única coisa que o Ocidente procura, ignorando desdenhosamente os resultados da expressão da vontade do povo bielorrusso, é uma mudança de poder na Bielorrússia", lê-se numa declaração do Governo de Minsk, citada pela agência France-Presse.
Um ano após a reeleição de Lukashenko e a repressão do movimento de protesto que se seguiu, os Estados Unidos voltaram a endurecer, na segunda-feira, as sanções em vigor desde 2006, alargando-as em particular a vários sectores-chave da economia bielorrussa.
Além de uma longa lista de funcionários, as novas medidas visam 44 empresas e empresários de áreas como defesa, segurança, energia, potássio, tabaco, construção ou transporte.
O Reino Unido e o Canadá também endureceram as suas sanções contra a Bielorrússia na segunda-feira.
Para o regime de Minsk, trata-se de "medidas coercivas unilaterais" destinadas a "minar a soberania e independência da Bielorrússia, bem como o bem-estar e prosperidade do povo bielorrusso", segundo uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Escondendo-se atrás de ‘slogans’ hipócritas de defesa dos direitos humanos e da democracia, na realidade os nossos adversários ocidentais são guiados por puro cálculo geopolítico", acrescentou.
Lukashenko, no poder desde 1994, foi implacável numa conferência de imprensa televisiva na segunda-feira, no aniversário da reeleição, quando negou qualquer repressão na Bielorrússia e acusou os seus críticos de tentar encenar um "golpe de Estado".
A reeleição de Alexander Lukashenko, 66 anos, nas presidenciais de 9 de agosto de 2020, consideradas fraudulentas pela oposição e por vários países ocidentais, desencadeou uma onde de protestos sem precedentes na Bielorrússia, reprimida violentamente pelo regime.
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