“Uma vergonha de posição do ministro dos Negócios Estrangeiros [João Gomes Cravinho]. Nem uma palavra sobre a responsabilidade de Israel no ataque que já foi assumido, nada sobre cessar-fogo como pede a ONU, nenhuma condenação da punição coletiva como fez António Guterres”, escreveu Pedro Filipe Soares na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma mensagem, o líder da bancada do Bloco de Esquerda reclama um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, “fim ao genocídio” e libertação de reféns civis.
Antes, na também na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros tinha escrito que “a notícia das mortes civis do bombardeamento israelita do campo de refugiados de Jabaliya é chocante”.
“A União Europeia pediu uma pausa humanitária para evitar tragédias como esta. O direito à defesa tem de ser conciliado com o direito internacional humanitário e a proteção de civis”, defendeu João Gomes Cravinho.
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou na terça-feira que pelo menos 50 pessoas morreram num bombardeamento israelita ao campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza.
O bombardeamento, cujo balanço final poderá ser consideravelmente mais elevado, segundo o ministério, destruiu “pelo menos 20 edifícios”.
O Exército israelita confirmou ter bombardeado o local, matando um comandante do Hamas, suspeito de ser um dos responsáveis pelo ataque do movimento palestiniano contra Israel em 07 de outubro.
“A sua eliminação ocorreu como parte de uma grande operação para combater terroristas e infraestruturas terroristas pertencentes ao Batalhão Central de Jabaliya, que assumiu o controlo de edifícios civis na Faixa de Gaza”, disse o Exército.
O alvo do ataque foi identificado como Ibrahim Biari, comandante do Batalhão Central de Jabaliya do Hamas.
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