Em declarações à Lusa, Paulo Neves afirmou que o funcionamento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia da unidade de Portimão do CHUA estará também condicionado, funcionando, durante esse período de 12 horas, apenas para grávidas até às 22 semanas.
“Na unidade de Portimão, a equipa médica mantém apoio à Urgência de Ginecologia e à Patologia Obstétrica até às 22 semanas, e transfere todas as grávidas em trabalho de parto, cesarianas e induções que não possam ser adiadas”, referiu.
De acordo com o administrador do CHUA, em Portimão, o atendimento será realizado por médicos não especialistas, sendo que o atendimento por pediatras será assegurado pelo serviço de Urgência Pediátrica da unidade hospitalar de Faro.
“O CHUA tem asseguradas as respostas em Pediatria e maternidade à região da sua responsabilidade”, garantiu o responsável.
O encerramento do bloco de partos da unidade de Portimão conduziu à entrada no nível 2 de contingência, segundo a orientação da Comissão de Acompanhamento, acrescentou.
A falta de pediatras levou a que, sobretudo durante o verão, o bloco de partos de Portimão estivesse algumas vezes encerrado, assim como as urgências de Ginecologia e Obstetrícia.
Nessa altura, sucederam-se os encerramentos das urgências de Ginecologia e Obstetrícia um pouco por todo o país, por dificuldades em assegurar escalas.
A então ministra da Saúde, Marta Temido, chegou a anunciar a criação de um plano de contingência para fazer face ao problema que se vive no setor, mas acabaria por pedir a demissão do cargo em 30 de agosto.
Na madrugada da sua demissão, uma mulher grávida morreu depois de ter sido transferida do Hospital de Santa Maria para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, por ausência de vagas no serviço de Neonatologia.
Em 10 de setembro tomou posse o novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, médico especialista em Medicina Interna e antigo secretário de Estado da Saúde nos dois executivos liderados por José Sócrates, entre 2008 e 2011.
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