Rompendo com uma longa prática diplomática, Bolsonaro viajou com Netanyahu para este local sagrado do judaísmo na Cidade Velha de Jerusalém, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.
Bolsonaro fez uma primeira paragem na Basílica do Santo Sepulcro, o local mais importante para o cristianismo e, em seguida, seguiu para o Muro das Lamentações, a uma curta distância do templo cristão.
O governante brasileiro colocou uma ‘quipá’, uma boina usada pelos judeus, símbolo daquela religião, tendo-se inclinado sobre as pedras do Muro das Lamentações por vários segundos.
Durante décadas, os líderes estrangeiros abstiveram-se de aparecer ao lado de um líder israelita em frente ao Muro das Lamentações, para evitar que parecessem estar a posicionar-se em questões altamente sensíveis de soberania. O estatuto de Jerusalém é uma das questões complexas do conflito israelo-palestiniano.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, reuniu-se em frente ao Muro em maio de 2017, mas estava acompanhado por Rabino do Muro, Shmuel Rabinovitz, e não por um dirigente israelita.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, também viajou recentemente para a região e tornou-se o representante de mais alto escalão do seu país para visitar oficialmente, e acompanhado pelo primeiro-ministro israelita, o do Muro das Lamentações.
A visita de Bolsonaro coincide com a campanha eleitoral de Israel para as eleições gerais de 09 de abril, nas quais Netanyahu tenta a reeleição.
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