Segundo a estação ITV, cerca de 30 pessoas compareceram na festa surpresa organizada pela esposa de Johnson, Carrie, na tarde de 19 de junho de 2020, durante o primeiro confinamento, quando este tipo de encontros ainda era proibido.
O grupo, sobretudo composto por funcionários, cantou os parabéns e cortou um bolo, mas também incluía a decoradora de interiores Lulu Lytle, responsável pela remodelação dos aposentos de Johnson na residência oficial, em Downing Street.
Um porta-voz confirmou que o chefe de Governo esteve presente, mas durante “menos de dez minutos”.
A ITV adianta que amigos e familiares teriam participado de outro evento organizado no mesmo dia, à noite, no primeiro andar da residência do primeiro-ministro, o que o porta-voz desmentiu.
“Isso é totalmente falso. De acordo com as regras da época, o primeiro-ministro acolheu um pequeno número de familiares no exterior [no jardim] naquela noite”, disse.
A notícia soma-se a relatos e alegações de dezenas de outras “festas” ou eventos sociais em 2020 e 2021 em Downing Street, violando as restrições impostas para travar a de pandemia covid-19.
O escândalo conhecido por ‘partygate’ causou uma onda de indignação, já que muitas pessoas viram-se impossibilitadas de acompanhar familiares e próximos que morreram ou que estavam doentes ou sozinhos.
Sondagens mostram uma queda na popularidade de Boris Johnson, de 57 anos, eleito em 2019 com uma maioria absoluta histórica graças à promessa de concretizar o ‘Brexit’.
Até agora, Boris Johnson escapou a uma moção de censura no Partido Conservador, aguardando-se esta semana o resultado de um inquérito às festas.
O antigo assessor de Boris Johnson, Dominic Cummings, recusou ser interrogado como parte desta investigação, preferindo testemunhar por escrito.
Cummings, que lança regularmente ataques contra o líder Conservador desde a sua demissão no final de 2020, avisou que “outras histórias prejudiciais” surgiriam se o primeiro-ministro não renunciasse.
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