O ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, assinou o acordo em Salvador, capital do estado brasileiro da Baía, onde lembrou que o país já contratou 500 milhões de doses de imunizantes em 2021, das quais restam 120 milhões de doses, que serão incluídas nos ‘stocks’ de 2022.

Durante a assinatura do contrato, a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, destacou que “o acordo prevê ainda a opção de aumentar o número de doses previstas para imunizar o país em mais de 50 milhões de vacinas adicionais, elevando o número total de vacinas em doses potenciais para 150 milhões de doses, em 2022”.

Segundo a executiva, o contrato também inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas dos imunizantes, contra novas estirpes.

Além das 120 milhões de vacinas de 2021 que ainda existem e das 100 milhões contratadas para 2022 com a Pfizer – com possibilidade de expansão para 150 milhões -, o Brasil também terá 120 milhões de doses com produção nacional da vacina da AstraZeneca.

Além de anunciar o acordo, o ministro da Saúde brasileiro reiterou a posição do Governo em relação à estirpe Ómicron, que apareceu pela primeira vez na África do Sul.

“O cuidado da vigilância em saúde é o mesmo que está a ser adotado desde o início da pandemia (…) Nessa variante Ómicron foram detetadas mutações, mas a ciência não nos deu toda as respostas”, disse Queiroga.

“É uma estirpe de preocupação, mas não é uma estirpe de desespero. Porquê? Porque nós temos um sistema de saúde capaz de dar as respostas no caso de uma estirpe ter uma letalidade um pouco maior. Ninguém sabe ainda. O mundo ainda não sabe”, acrescentou.

O Brasil, segundo país mais afetado no mundo pelo coronavírus em números absolutos, atrás dos Estados Unidos, totaliza mais de 22 milhões de casos confirmados e mais de 614 mil mortes associadas a covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 5.193.392 mortes em todo o mundo, entre mais de 260,44 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.