A morte aconteceu no município de Cariacica, que fica a 30 quilómetros da principal cidade do estado.

Segundo informações do Ministério da Saúde do Brasil, os casos registados no país são de residentes em zonas rurais ou que tiveram contacto com áreas silvestres por motivos de trabalho ou lazer.

No entanto, o registo de uma morte por febre-amarela em Cariacica preocupa porque a doença também é transmitida pelo Aedes Aegypti, o mesmo mosquito responsável pela proliferação da dengue, do Zika e da febre chikungunya.

Segundo informações da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, este ano foram feitas 344 notificações de suspeita de febre-amarela.

Deste total, 73 notificações foram descartadas e 115 foram confirmados para febre-amarela silvestre, sendo que 37 casos evoluíram para mortes.

"Os óbitos atualizados são de casos anteriores, que tiveram a investigação concluída nesta data", destacou o órgão de saúde.

De acordo com informações enviadas pelos municípios do Espírito Santo 2.596.368 pessoas foram imunizadas contra a febre-amarela, o que representa uma cobertura vacinal de 72,56% da população do estado.

Este estado brasileiro enfrenta um surto de febre-amarela desde que o primeiro caso foi confirmado em janeiro, mas a presença do vírus foi detetada um pouco antes quando o Espírito Santo recebeu notificação de mortes de macacos.

Este ano foram encontrados macacos mortos em 52 municípios do Espírito Santo, dos quais 21 municípios tiveram amostras confirmadas para febre-amarela.

O Ministério da Saúde do Brasil atualizou as informações transmitidas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre-amarela no país.

Segundo o órgão federal, de janeiro até o dia 23 de março foram confirmados 492 casos da doença.

Ao todo, foram notificados 2.104 casos suspeitos de febre-amarela no Brasil, sendo que 1.101 permanecem em investigação e 511 foram descartados. Das 277 mortes suspeitas notificadas, 162 foram confirmadas, 95 ainda estão a ser investigadas e 20 foram descartadas.