“Este evento (…) abre grandes possibilidades para a indústria de defesa do Brasil e para a consolidação da nossa posição como potência no setor”, disse o ministro da Defesa brasileiro, José Múcio, perante cerca de 200 delegações, entre as quais a portuguesa, que integrou o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, João Cartaxo Alves, e o secretário de Estado Adjunto e da Defesa, Álvaro Castelo Branco.

José Múcio explicou que os fabricantes brasileiros de equipamentos militares e de segurança exportaram no ano passado, para 140 países, 1,65 mil milhões de euros, um valor 22% superior ao de 2023, e foram responsáveis por 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O Governo brasileiro lançou este ano um novo programa de incentivos à indústria de defesa que prevê investimentos de 18,39 mil milhões de euros, dos quais 70,1% são provenientes de fundos públicos.

A feira conta com cerca de 400 expositores de 28 países e apresenta uma vasta gama de aviões, helicópteros, veículos blindados, submarinos, armamento, munições, sistemas de interceção e captação de imagem, equipamentos de controlo de acessos e segurança pessoal.

Entre os expositores encontram-se empresas como a Embraer, Helibras, Airbus, AEQ, Iveco, Edge, Taurus, Condor, AEL, SAAB, Imbel, Aeromot, Aselsan, Lockheed Martin, Norinco, BAE System, Beretta e Leonardo.

A fabricante brasileira Embraer anunciou hoje, no evento, mais um negócio, com a Suécia a comprometer-se oficialmente a adquirir quatro aeronaves multimissão C-390 Millennium.

O anúncio foi feito por Peter Sandwall, Secretário de Estado do Ministério da Defesa da Suécia, e por Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Além da Suécia, o KC-390 já é utilizado como avião militar de transporte por Portugal (que comprou e já opera duas aeronaves militares desse modelo dentro de um contrato para aquisição de cinco aeronaves). A aeronave multimissão também foi adquirida por outros países europeus como a Holanda, Áustria, Hungria e República Checa.

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 lugares e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.

A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, a Embraer mantém-se acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.