“Está na hora do Jeremy Corbyn se comportar como um homem”, para que se possam “realizar eleições a 12 de dezembro”, afirmou o líder conservador à estação de televisão britânica Sky News.
Não é a primeira vez que o líder conservador usa termos sexistas e depreciativos em relação a outro político.
Numa nota vazada em setembro, Boris Johnson usou um termo sexista para se referir ao ex-primeiro-ministro, e antigo líder do Partido Conservador, David Cameron, como ‘girly swot’, que não tem uma expressão correspondente em português mas que equivale a alguém com trejeitos femininos que gosta de “se armar” e mostrar o seu conhecimento.
Durante as perguntas inaugurais enquanto primeiro-ministro de Boris no Parlamento, que foram transmitidas em direto, percebe-se que o líder conservador disse a Corbyn que convocasse eleições, usando outro termo depreciativo, ‘you big girl’s blouse’, expressão idiomática que em português equivale a considerá-lo um “homem fraco”.
Boris Johnson propôs, na quinta-feira, a realização da votação após o Parlamento depois de aprovar o acordo inicial de adiamento do ‘Brexit’, concluído com Bruxelas, recusou considerar um processo rápido, uma vez que o objetivo principal do primeiro-ministro era que o ‘Brexit’ ocorresse no dia 31 de outubro.
Jeremy Corbyn voltou a frisar que o seu partido não votará a favor das eleições enquanto a ameaça de um ‘Brexit’ sem acordo não fosse descartada.
A votação do Partido Trabalhista é essencial para a realização das eleições, que tem de ser aprovada por dois terços dos deputados.
O líder trabalhista quer esperar pela decisão da União Europeia sobre o atraso de três meses que Boris Johnson foi forçado a exigir pelo Parlamento que quer evitar uma saída sem acordo que possa prejudicar a economia do país.
Ainda que tenham concordado com o novo adiamento, o terceiro em três anos de negociações, a Europa ainda não tomou qualquer decisão e uma nova reunião de embaixadores deve ser realizada segunda ou terça-feira, de acordo com fontes dos 27.
Boris Johnson, que sempre se opôs ao adiamento, argumentou que o ‘Brexit’ a 31 de outubro, uma das promessas que tinha feito, é "sempre possível".
"Infelizmente, depende do que a UE vai dizer", acrescentou.
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