A juíza Brenda Penny, do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, anunciou esta sexta-feira que a tutela que supervisionou a vida pessoal e as finanças da cantora deveria ser terminada com efeito imediato. "A conservação da pessoa e património de Britney Jean Spears já não é necessária", afirmou.
Assim dá-se como terminado o acordo legal que foi estabelecido e supervisionado por Jamie Spears, pai de Britney Spears, em 2008, depois de a cantora ter sofrido um colapso nervoso. À data, o pai pediu aos tribunais uma tutela temporária de emergência, alegando que o estado mental da filha a impedia de cuidar da sua saúde e tomar decisões.
Em Junho, Britney disse ao tribunal que o acordo, que a privou do controlo de quase todos os aspectos da sua vida, a tinha traumatizado e explorado e pediu o término do mesmo sem ter de se submeter a novas avaliações mentais. De acordo com o New York Times, juíza concordou e dispensou a avaliação uma vez que a tutela tinha sido decidida de forma voluntária, em 2008.
A decisão é uma nova vitória para a artista pop que desde setembro deixou de ter como tutor o seu pai. A custódia de Britney Spears, que tinha, entretanto, passado para um contabilista oficial como tutor temporário, até à decisão final desta sexta-feira que libertou a cantora de qualquer tutela legal.
“É o melhor dia da minha vida", salientou Britney Spears na primeira reação à decisão do tribunal publicada na rede social Instagram.
“Meu Deus, eu amo tanto os meus fãs que é uma loucura! Acho que vou chorar o resto do dia! É o melhor dia da minha vida, louvado seja o Senhor”, pode ler-se noutra publicação.
Após ser conhecida a decisão da juíza Brenda Penny, centenas de fãs da cantora de 39 anos, reunidos em frente ao tribunal de Los Angeles, celebraram com ‘confettis’ cor-de-rosa e gritos de apoio a Britney Spears.
Este caso ganhou uma nova dimensão em setembro, altura em que o jornal The New York Times divulgou uma reportagem com testemunhos de três pessoas próximas da artista durante a tutela do pai, um segurança, uma assistente um responsável do guarda-roupa.
Entre várias revelações, o ex-segurança explicou que o pai tinha câmaras instaladas na casa de Britney Spears para interceptar chamadas e mensagens, incluindo comunicações com o próprio advogado e filhos.
Também outro documentário, “Britney vs Spears”, produzido pelo serviço de ‘streaming’ Netflix, afirma que a cantora de 39 anos tentou contratar por duas vezes o seu próprio advogado no início do caso judicial da tutela.
Apenas em 15 de julho, Britney Spears recebeu autorização do tribunal para contratar o seu próprio advogado, depois de ter sido aprovado o pedido de demissão de Samuel D. Ingham III, que a representava desde 2008.
Em agosto, o pai de Britney Spears concordou em renunciar à tutoria da artista, que exerceu durante mais de 13 anos, assumindo o controlo do património financeiro e aspetos da vida pessoal.
A artista lutava pelo fim da tutoria desde 2008, quando a supervisão foi instituída após transtornos mentais manifestados por Britney Spears.
Em fevereiro, a vida de Britney Spears tinha voltado à esfera pública com o lançamento do documentário “Framing Britney Spears”, focado na trajetória da cantora norte-americana, incluindo os momentos de maior popularidade e os acontecimentos que levaram a que a sua vida passasse a ser controlada pelo pai.
Na sequência do documentário “Framing Britney Spears”, tornaram-se virais movimentos para pedir a “libertação” da artista do controlo do pai (“#FreeBritney”) e para levar a que quem a criticou e julgou, na altura, viesse agora pedir desculpa.
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