Num encontro com a imprensa, em Lisboa, Dália Palma, gestora de feira, disse que "o balanço é bastante positivo, quer ao nível da satisfação dos expositores que participaram, quer ao nível dos resultados dos inquéritos ao público, dos negócios efetivados, (...) bem como das novas apostas" que a organização fez, BTL Lab e BTL Cultural, por exemplo.
Já quanto à expectativa de visitantes, o número previsto antes do início da BTL - 70 mil visitantes - foi alcançado, apesar de representar uma diminuição face à edição de 2018.
Segundo a diretora da BTL, Fátima Vila Maior, estiveram naquele que é considerado o maior evento do setor em Portugal 70.322 visitantes. Destes, 34.389 foram profissionais e 35.933 público em geral.
Sobre estes números, a responsável explicou que este ano foram "muito rigorosos na validação das entradas dos profissionais na BTL", que "a malha apertou muito", o que explica a ligeira diminuição destes na feira nesta edição.
Por seu lado, o responsável da FIL Pedro Braga frisou que o que se passou, com o novo sistema implementado, é que existiram muito menos convites sem se conhecer a proveniência, embora o número dado aos expositores não tenha diminuído, dependendo estes da área que cada um ocupa na feira.
Pedro Braga, que disse também que uma das alterações que a organização fez foi sujeitar a validação dos convites à aprovação da organização, realçou o facto de terem "acabado os convites gratuitos", já que "o rácio de pagantes passou de 34% em 2018 para 54% em 2019".
Quanto aos resultados do inquérito que realizaram a uma amostra de 416 profissionais, o responsável da FIL destacou que 66% afirmaram-se "satisfeitos" com a BTL, "28% muito satisfeitos, 9% pouco satisfeitos e 1% não se diz satisfeito".
Realçou ainda como muito importante, o facto de 18,8% terem “visitado a feira pela primeira vez".
"Para nós é muito importante ver que a BTL continua a atrair novos profissionais", afirmou Pedro Braga.
Outro dos resultados é que "99,5% dos profissionais recomendavam a ida à BTL", acrescentou.
Das conclusões do inquérito, destacou ainda que 64% dos profissionais "deslocaram-se à BTL com o intuito de fazer negócio e 59% identificaram oportunidades de negócio a concretizar nos próximos meses".
Sujeitados também 565 visitantes do público geral a um inquérito, 59% disseram que foram à BTL para adquirir férias e 17% afirmaram que compraram mesmo.
"Claramente, a BTL na parte público começa a consolidar-se", declarou Fátima Vila Maior, concluindo destes números que, pela amostra, "21 mil pessoas vieram à BTL para comprar e sete mil compraram mesmo".
Pedro Braga destacou ainda o facto de no público em geral "37% terem afirmado que visitou a BTL pela primeira vez".
Para a próxima edição, Fátima Vila Maior reconheceu a necessidade de uma maior aposta no enoturismo, que já esteve presente na feira, mas "numa abrangência internacional", adiantando que pretendem "apontar as baterias para que estejam presentes mais países de forma diferente".
Já Dália Palma apontou o turismo juventude como um dos segmentos em que querem m também apostar e Pedro Braga o turismo LGBT (sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros).
Iniciativas como o Turismo Cultural, que este ano estreou na BTL, a BTL Lab - presente em 2019 pela segunda vez - ou o Tourism Innovation Center são para manter no próximo ano.
A BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa deste ano decorreu de 13 a 17 de março, na FIL, em Lisboa.
Os responsáveis anunciaram que a edição de 2020 vai decorrer de 11 a 15 de março.
Questionados se a manter-se a atual conjuntura, e caso a expansão da FIL ainda não esteja terminada na próxima edição, se pretendem manter os quatro pavilhões da feira para a BTL, o que voltou a acontecer este ano, os responsáveis do certame admitiram que este é é um objetivo.
Comentários