“Não respondi a ataques pessoais do Chega, não vou responder a ataques pessoais da Iniciativa Liberal, nem vou responder a ataques pessoais da doutora Marta Temido (PS). Acho que não tem sentido misturar tudo”, afirmou Sebastião Bugalho aos jornalistas, durante o seu primeiro passeio de moliceiro na ria de Aveiro.
Questionado sobre se tem havido mau ambiente nesta campanha, o candidato da AD disse que lhe é “difícil responder”, porque não tem “ouvido os ataques” dos adversários, apenas ficando a conhecê-los através do que as pessoas lhe enviam.
“A nossa candidatura é pelas ideias e pelas pessoas e tenho pena que alguns partidos se tenham esquecido que também costumavam ser assim”, sublinhou.
Sebastião Bugalho frisou que a candidatura da AD “tem sido de proximidade, com bom ambiente e preocupada com o ambiente”.
“Nós não esquecemos o ambiente e nunca esqueceremos o ambiente, mas sabemos que todas as transições e mudanças que queremos fazer, queremos fazê-las ao lado das pessoas”, garantiu, defendendo a necessidade de reforçar os mecanismos “para proteger os cidadãos quando as tragédias climáticas ocorrem”.
A transformação do mecanismo de proteção civil europeu “numa verdadeira força de proteção civil europeia também para proteger os cidadãos europeus dos fenómenos climáticos extremos” é uma das propostas que apontou.
“A nossa abordagem ao ambiente e às alterações climáticas é esta: é uma abordagem reformista, humanista e que procura cuidar quando reformamos e que procura cuidar por antecipação”, frisou.
Durante a viagem, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, brindou “à saúde e à vitória” nas eleições europeias com “um dedo” de espumante da região de Bairrada.
“Ainda não é dia 09 e já há champanhe”, afirmou Sebastião Bugalho.
E se em Bruxelas um dos pratos típicos são as “mules”, em Aveiro, segundo Ribau Esteves, os mexilhões nunca foram muito apreciados para consumo, sendo usado “para dar às galinhas porque fortalecia a casca do ovo”.
“Vamos ver se conseguimos tantos eurodeputados quantos mexilhões em Bruxelas”, disse Bugalho.
Ribau Esteves contou ao candidato da AD a “relação muito delicada” que existe na cidade de Aveiro entre a vida urbana e os valores ambientais, obrigando a um sistema que “permite regular a quantidade de água que entra para a zona urbana”, de forma a evitar inundações durante as marés altas.
“Se tiramos o homem do planeta Terra todos os problemas estão resolvidos. Não o podemos fazer. O homem é o elemento central, mas para continuar a ser central tem que continuar a cuidar bem dos valores ambientais”, frisou.
No seu entender, “a Europa que tem de ser equilibrada ao centro, corajosa e reformista ao centro e não pode, obviamente, ir para extremismos absurdos” que “levam ao absurdo”.
Depois das palavras de Ribau Esteves, Bugalho deixou-lhe o convite para ser mandatário honorário para os assuntos ambientais da candidatura da AD, o que o autarca aceitou.
Depois do passeio de moliceiro, Bugalho seguiu para uma feira quinhentista, em Esgueira e, no dia do voto antecipado, foi questionado sobre a importância deste instrumento.
“É com toda a felicidade que vemos toda a forma de combate à abstenção como uma luta da democracia”, afirmou.
Mais à frente, o cabeça de lista encontrou uma eleitora, Regina Fonseca, que diz já ter votado nele hoje, depois de uma hora na fila, em ílhavo.
“Já votou em mim hoje? Maravilha, obrigada, já temos um voto mesmo garantido. Como é a primeira eleitora que eu conheço que já votou, aquilo que posso dizer é que não vamos parar de trabalhar pelos portugueses na Europa, vamos para Bruxelas ser a voz dos portugueses no Parlamento Europeu”, disse.
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