Paulo Vicente, comandante da Capitania do Porto de Lisboa, disse à RTP que as operações desta manhã estão condicionadas "pelas condições meteorológicas adversas que se estão a começar a sentir", devido ao aviso amarelo entre as 9h00 e as 15h00.

"Desde as 8h00 que temos uma embarcação a fazer buscas, mas que se estão a resultar infrutíferas até para os tripulantes. Portanto, vamos suspender [as operações] durante as horas de aviso amarelo, mas vamos manter aqui duas equipas da Polícia Marítima a vigiar a margem norte e a margem sul".

O comandante referiu ainda que é preciso assumir que "os dois desaparecidos estarão na água". "Se aparecerem aqui dentro do Porto de Lisboa podemos recuperá-los".

"Logo que as condições permitam colocaremos mais embarcações na água", garantiu, apesar deste esforço ser diminuído a partir de hoje.

"A investigação continua. Aliás, vamos entregar todas as diligências que efetuámos ao Ministério Público e aguardar a decisão da senhora procuradora", afirmou Paulo Vicente, que frisou também que já foram ouvidos todos os depoimentos e recolhidas escutas das comunicações.

"Apesar de todas as versões que possam surgir, para nós são duas embarcações que estavam a circular e que colidiram", acentuou.

A colisão entre o barco de pesca e um catamarã de passageiros, no rio Tejo, aconteceu na tarde de segunda-feira e provocou dois feridos e dois desaparecidos, na embarcação de pesca. Foi o mestre da embarcação de passageiros quem deu o alarme, pelas 17h15.

Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, tendo um deles já tido alta.

A área de busca vai entre a Ponte Vasco da Gama e a Ponte 25 de Abril, e entre Lisboa e os canais do Seixal e do Barreiro, o que compreende uma zona de 30 por 15 quilómetros.