O Jornal de Notícias avança, na edição desta segunda-feira, que os machos desta espécie protegida em Portugal – pelo que não pode ser caçada – terão sido abatidos por caçadores-furtivos, com o objetivo de vender as cabeças dos animais como troféus.
Os operacionais do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) foram alertados para os corpos de dois machos, encontrados sem cabeça, entre o fim de dezembro e início de janeiro, na zona fronteiriça do Parque Nacional da Peneda-Gerês e do Parque Natural da Baixa Limia - Serra do Xurés. A publicação refere ainda que, em zonas mais altas da serra do Gerês, confinantes com território espanhol, é frequente a linha de fronteira ser ultrapassada por caçadores espanhóis.
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) já tinha confirmado também a descoberta das carcaças ao jornal O Minho.
A página O Gerês referia que, no final de 2021, ouviram-se tiros no PNPG que dariam “a impressão que andavam a caçar o nosso Ibex Ibérico [cabra-montês] na época de acasalamento, facto que se viria a comprovar dias depois quando se achou a carcaça do animal sem a respetiva cabeça, que na linguagem de caça, significa troféu para embalsamar”. Já em janeiro, “exatamente no mesmo local” foi identificada uma “nova carcaça de um macho Montês”, também com a cabeça decepada.
Segundo refere o Jornal de Notícias, esta segunda-feira, o caso está a ser investigado pela GNR, através do SEPNA, e o ICNF reforçou a vigilância na zona.
Terá ainda sido encontrada uma terceira cabra-montês, mas esta terá sido morta por lobos, tendo a cabeça sido decepada posteriormente para venda no mercado negro, acrescenta o jornal, pelo que este caso não será algo de investigação.
De acordo com a publicação, as cabeças destes animais podem atingir um valor de cinco mil euros em território nacional ou sete mil euros em Espanha.
[Notícia atualizada às 10:25]
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