Rui Miguel Nabeiro falava aos jornalistas no final do evento, em Lisboa, durante o qual foram apresentadas as principais novidades do grupo, entre os quais as novas categorias de produtos onde se incluem os gelados Swee, os ‘smothies’ Ootie, e os ‘snacks’ Unboring.
Questionado sobre se a instabilidade do preço da matéria-prima do café pode ter reflexos no valor que o consumidor terá a pagar a breve trecho, o CEO admitiu que sim. “Diria que é uma certeza absoluta que vai ter”, afirmou.
“Não temos forma de sustentar sozinhos e acomodar nas nossas margens uma subida de 200% no café robusta” face há um ano, prosseguiu o gestor.
O CEO diz que é “absolutamente impossível” o grupo conseguir “acomodar” as subidas do preço da matéria-prima nos mercados internacionais, recordando que até mesmo o preço do cacau tem estado em alta.
“Todas as matérias-primas estão de novo a subir muito”, por várias razões, incluindo também fatores especulativos.
“Não somos especuladores, temos de comprar o café, temos de torrar o café e os preços a pagar” são elevados, prosseguiu, apontado que “pela primeira vez na história o café robusta é mais caro que o café arábica”.
O Vietname é um dos grandes produtores da variedade robusta, o qual tem uma “produção muito curta”, o norte da Europa, com a “subida dos preços do café, dizem os ‘traders’, começou a introduzir nos seus ‘blends’ café robusta, que era mais barato” e os consumidores não se queixaram, explica.
E, de repente, “tivemos um aumento do robusta e aconteceu isto” e ficou mais caro que o arábica.
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