Numa reunião em Sintra, o autarca revelou, em declarações à agência Lusa, que se tratou de uma reunião "muito importante", centrada essencialmente no tema das obras de reabilitação e requalificação que o edifício situado na freguesia de São Marcos terá de ser alvo, na resolução das questões de mobilidade e nas obras de loteamento do espaço circundante ao campus.
"As obras de adaptação do edifício começarão em breve. Já no campo da mobilidade, há trabalho a fazer já para garantir que em setembro de 2021, quando as aulas começarem, o transporte será assegurado aos alunos, com um ‘shuttle' entre o Hospital de Oeiras e o Hospital da Luz. É um tema que já está a ser trabalhado e a nossa vontade é que todos eles sejam resolvidos, dentro do quadro legal, em tempo útil e com uma competência à prova de bala", explicou Basílio Horta.
O autarca sintrense relembrou que a vinda da primeira universidade privada de medicina para o município é "uma parceria" que resulta de um processo já com alguns anos e manifestou "orgulho" por Sintra poder fazer parte de um "momento histórico".
"É um orgulho para Sintra fazer parte deste processo, ainda para mais quando temos no município um ‘cluster' de saúde muito importante, além de poder ser uma ajuda importante na falta de médicos que ainda sentimos no município", lembrou o presidente da Câmara de Sintra.
Isabel Capeloa Gil classificou a relação com a autarquia de "parceria" e agradeceu a disponibilidade do município para acolher as necessidades da UCP.
"Este é um projeto importante para Portugal, importante para o desenvolvimento do ensino superior no município de Sintra, e contamos com toda a colaboração da Câmara de Sintra na ajuda à requalificação daquele campus", afirmou a reitora da UCP, que adiantou que o curso vai assentar em medicina baseada em tecnologia, o que torna necessário "adequar o edifício à disciplina de Anatomia e construir um teatro anatómico".
Quanto às reações à aprovação do curso de medicina da UCP, o primeiro a ser ministrado em Portugal por uma universidade privada, Isabel Capeloa Gil reiterou que a UCP está disponível para melhorar o programa curricular e ouvir todos os contributos, nomeadamente da Ordem dos Médicos (OM).
"Tudo o que é disruptivo e transformador envolve controvérsia. É natural, sobretudo num campo em que se está a alterar o ‘status quo' do que é a formação médica em Portugal. Mas estes processos de criação, desenvolvimento e implementação de cursos são sempre dinâmicos, e tudo o que for no sentido da melhoria do perfil académico, clínico e de investigação do curso será bem acolhido por nós, inclusive com a OM através das recomendações que entenderem fazer. Não temos mandamentos construídos em pedra, muito menos num curso de medicina", concluiu a reitora.
O Mestrado Integrado de Medicina da Universidade Católica Portuguesa foi acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), tornando-se o primeiro curso de Medicina ministrado em Portugal por uma instituição privada.
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