Várias ruas de Miami Beach, Brickell e Downtown são incapazes de drenar a chuva que cai com intensidade desde sexta-feira à tarde, numa cidade que, todavia, respira de alívio por já não estar na trajetória do olho do furacão, como inicialmente estimaram os serviços meteorológicos.
O impacto do Irma, que baixou para a categoria 3 – a terceira mais grave –, é tal que, apesar dos 200 quilómetros que separam Miami do olho do furacão, a água chega à altura da cintura em algumas zonas do sétimo condado mais populoso do país, com mais de 2,6 milhões de habitantes.
O outro perigo é o aumento do nível do mar, que entrou em algumas zonas da cidade e podem ver-se alguns barcos, normalmente ancorados nas marinas desportivas, a navegar sem rumo nas ruas.
Em Coral Gables, a força do vento fez cair muitas árvores, muitas delas centenárias.
O furacão tocou terra esta madrugada em Cayos, no extremo sul do estado, como categoria 4 e ventos de 215 quilómetros/hora, com rajadas ainda superiores.
Também caíram pelo menos vinte grandes guindastes utilizados na construção de torres de apartamentos e escritórios do centro de Miami.
A cidade, bem como grande parte do estado, encontra-se sob alertas de tornados perigosos, que já começaram a ocorrer na sexta-feira à tarde no sul da Florida.
Na Florida, mais de 2,1 milhões de pessoas estão sem eletricidade e a companhia estatal já avisou que serão necessárias semanas, e não apenas dias, para restabelecer a luz, apesar do reforço das equipas, que contam com mão-de-obra de outros estados, incluindo distantes, como a Califórnia ou Massachussetts.
Neste estado, o furacão já causou três mortes, mas deixou um rasto de destruição e provocou pelo menos 30 mortes ao passar pelo Caribe.
O furacão baixou, entretanto, para a categoria 3, mas permanece "extremamente violento", segundo os serviços meteorológicos norte-americanos.
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