“Maria, com Jesus no seu seio, é a imagem da Igreja, chamada a levantar-se e a dirigir-se sem demora às periferias deste mundo (…), uma Igreja de braços abertos para acolher a todos”, disse o cardeal António Marto na homilia da missa que hoje celebrou na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima.
Para o prelado, aquele é o exemplo, “não uma Igreja fechada, como fortaleza ou castelo amuralhado”, mas antes o assumir de “uma nova urgência”, porque os dias de hoje “estão cada vez mais marcados pelo medo do encontro, pelo medo de acolher o próximo, pela pressa em criar barreiras de defesa, em levantar muros divisórios da solidão e separação até aos muros da indiferença e da desconfiança”.
“Num mundo assim, é ainda mais urgente anunciar este Evangelho da ‘visita’, do encontro, em particular com os mais pobres e com todo aquele que aguarda por um mundo melhor”, frisou António Marto perante os fiéis presentes na basílica, entre os quais os funcionários do Santuário.
Segundo o bispo de Leiria-Fátima, “a cena da visitação exprime de facto a beleza do encontro e inspira a abertura ao encontro como lugar de comunhão e enriquecimento mútuo de dons, encontro intergeracional, cultural, ecuménico, inter-religioso, com os não crentes, com os pobres e os que sofrem, para construir um mundo de paz e fraternidade”.
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