Na carta, o cardeal-patriarca propõe esta oração pela chuva: “Deus do universo, em quem vivemos, nos movemos e existimos, concedei-nos a chuva necessária, para que, ajudados pelos bens da terra, aspiremos com mais confiança aos bens do Céu”.
Face à situação de seca que o país atravessa, o responsável religioso publicou a carta com a proposta de oração e a sugestão: “quando a Liturgia diária o permita, celebrem a Missa para Diversas Necessidades".
Portugal continental vive um período de seca prolongado, tendo hoje mesmo o Governo avisado da necessidade de se fazer um “uso parcimonioso” da água, devendo as autarquias limitar o uso da água em lavagens de ruas e regas a situações inadiáveis.
Na carta do cardeal-patriarca, com o título “Proposta de oração pela chuva”, Manuel Clemente lembra a seca mas também os “incêndios extremamente gravosos” e o grande número de mortos e feridos e prejuízos económicos e morais “que é urgente colmatar”.
E fala dos “vários níveis de compreensão” da realidade, das “interrogações profundas” que a natureza admite, para concluir: ”Na verdade, respeitando os vários níveis e qualidades dos seres, tudo tem origem divina e com Deus se pode e deve manter e melhorar”.
O pedido de intervenção divina para que chova já aconteceu outras vezes em Portugal, onde em secas passadas já se organizaram procissões. Há duas semanas a população de uma aldeia de Bragança também carregou a “Senhora da Serra”, uma imagem “grande e pesada”, durante duas horas pela serra, para pedir chuva.
Em 1976 o papa Paulo VI também publicou uma oração pela chuva, pedindo a Deus compaixão pelos que sofriam “duramente a seca”.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para quarta-feira "períodos de céu muito nublado. Aguaceiros fracos e pouco frequentes a partir da manha, aumentando de intensidade no Minho e Douro Litoral a partir da tarde”.
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