Num discurso fortemente aplaudido na VII Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, Carla Castro subiu ao púlpito do Centro de Congressos, em Lisboa, para apresentar a sua lista à comissão executiva, defendendo um partido com “membros livres”.
“Um partido em que os membros são livres, em que não aceitamos que nos digam quem deve ser o presidente”, defendeu, acrescentando que “no país, no partido” e nas suas vidas os liberais “não são paus mandados”.
Carla Castro rejeitou uma força política de “barões e caciques” e pediu uma IL “unida dentro para vencer fora”.
“É a todos, liberais, a pessoas livres, juntos aqui num partido sem barões e sem caciques que me dirijo hoje”, afirmou.
Para os defensores da “continuidade em toda a linha”, Carla Castro alertou que "caminhar já não basta", que o governo socialista "está em decomposição" e que a IL tem de "dar corda aos sapatos".
A nível interno, Carla Castro vincou a necessidade de o partido ter “uma transparência implacável” e uma “democracia e liberalismo à prova de bala”.
“Os nossos órgãos internos têm que ser fortes e independentes, desde a comissão executiva, aos conselhos de jurisdição, fiscalização e nacional e depois apontamos à conquista do país. Desengane-se quem ache que é tarefa fácil mas nós também não viemos cá por ser fácil”, garantiu.
A deputada apelou a uma descentralização do partido e atirou: “Descentralizar não é passear pelo país, é dar poder, é dar poder de tomada de decisão. E qualquer um dos nossos membros dará um melhor autarca do que um ‘boy’ ou uma ‘girl’ do PS ou do PSD”.
A 'número um' da lista 'M' à Comissão Executiva do partido, quer uma IL "ambiciosa também consigo própria, em que cada opinião é fundamentada" e que rejeita "a tirania de que os políticos são todos iguais".
"Sim, votem em nós, por acreditar que é com esta lista que a presidente serve o partido e não é o partido a servir a presidente. Pela capacidade de unir dentro e vencer fora", apelou aos membros presentes na sala.
Já quanto a outros partidos, nomeadamente à direita, Carla Castro vê um PSD “sem caixa de ressonância do país real”.
“E quem simplesmente espera que o poder lhes caia nos pés mais depressa leva com os pés do que chega ao poder”, avisou.
Já quanto à “direita populista”, a dirigente classificou o Chega como um partido “insuflado e errático”, negando que a IL seja populista.
“Somos mais do que oposição, nós somos alternativa, nós somos um partido de Governo”, garantiu.
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