“Com mais experiência à frente de uma autarquia que os restantes candidatos juntos, assumo que sou, tranquilamente, mas com firmeza, aqui na capital, o ‘outsider’ na corrida ao ato eleitoral do próximo dia 01 de outubro”, afirmou Carlos Teixeira, que falava na apresentação da sua candidatura, na sede do PDR, em Lisboa.
Carlos Teixeira, de 60 anos, presidiu durante 12 anos (2001-2013) ao município de Loures (distrito de Lisboa) pelo PS, mas resolveu deixar os 31 anos de militância socialista para concorrer como independente à Câmara de Lisboa, apoiado pelo PDR (Partido Democrático Republicano), de Marinho e Pinto, e pelo partido Juntos pelo Povo (JPP). “Lisboa Sim” é o nome da candidatura.
O autarca, que nasceu e cresceu em Lisboa, recordou que chegou a jogar futebol no Sport Futebol Palmense.
“Agora entendo apresentar-me como independente às eleições autárquicas porque, […] como lisboeta, entendo que devo trazer para Lisboa toda a experiência que adquiri como autarca em Loures”, referiu.
Para Carlos Teixeira, os anos em Loures foram “uma boa experiência”.
“Fui presidente de Junta de Freguesia durante quatro anos, ganhei a Junta de Freguesia ao PCP, ganhei a Câmara ao PCP também, saí no último mandato com uma maioria absoluta arrasadora e, portanto, nunca fui daqueles que herdei um lugar”, salientou.
“Eu tive de lutar, tive de conquistar todos os lugares que consegui obter”, notou, sublinhando que foi “apenas derrotado pela Assembleia da República”, devido à lei de limitação de mandatos.
Ainda assim, vincou que não se pretende afirmar “contra ninguém”, mas antes “dar voz a todos”.
Por conseguinte, apresentou “uma mão cheia de propostas” para aplicar na capital, assentes em “apoios concretos à habitação para jovens” a custos controlados, em “estacionamento mais justo e melhores transportes públicos” e na “prestação de cuidados de saúde”, desde logo à população mais carenciada.
Acrescem programas de envelhecimento ativo (com iniciativas como universidades seniores) e ainda a distribuição do turismo pela cidade, potenciando “áreas menos conhecidas”.
“Hoje eu não tenho para apresentar um programa que depois será difícil ou impossível de cumprir, como muitos o fazem”, concluiu.
Antes, intervieram os líderes do PDR, Marinho e Pinto, e do JPP, Rafael Nunes, que destacaram a “vocação municipalista” destes partidos.
Falando sobre Carlos Teixeira, Marinho e Pinto vincou que, se for eleito, “será melhor presidente” do que os outros candidatos. Se não for e conseguir um lugar como vereador, “a Câmara ficará muito melhor com ele no seu corpo diretivo”, adiantou.
Para a corrida autárquica na capital foram também já anunciadas as candidaturas da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, do comunista João Ferreira, do bloquista Ricardo Robles, da social-democrata Teresa Leal Coelho, de Inês Sousa Real (PAN), do atual presidente do município, Fernando Medina (PS), e de Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!).
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