A autarquia presidida por Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) justifica a decisão “dada a evolução contínua de subida da pandemia no concelho” que, na sexta-feira, contabilizava 1.524 casos ativos de infeção com SARS-CoV-2.

“É com tristeza, mas com sentido de responsabilidade, que o município da Guarda decide adiar por mais um ano esta nossa icónica tradição, salvaguardando a saúde dos Guardenses e daqueles que nos visitam”, lê-se num comunicado da autarquia da cidade mais alta do país.

A fonte lembra que, na Guarda, “o Carnaval tem assumido a forma e a ‘celebração’ no ‘Julgamento e Morte do Galo’, como uma das manifestações populares de expiação, excesso e crítica, mas sempre purificadora, mais características e diferenciadoras” de todo o país.

“A queima do galo é o auge e representa a efetiva renovação. São assim expiados os pecados da sociedade, ardendo e representando a renovação da esperança. Este ritual marca o final do período de folia, aproximando-se assim a Quaresma, época de penitência e oração”, acrescenta.

Segundo a nota, o Carnaval da Guarda tem assumido, nos últimos anos, com o “Julgamento e Morte do Galo”, uma dimensão popular, “cujo sucesso determina enormes aglomerações de pessoas que, apesar do frio da época, saem à rua como participantes”.

Ainda de acordo com a autarquia, “mais de 1.200 pessoas de todas as freguesias da Guarda, atores e músicos”, dão corpo ao desfile e julgamento do Galo que, nas edições realizadas, tem atraído milhares de visitantes.

Este ano, foram também canceladas, entre outras, festividades de Carnaval em Torres Vedras, Estarreja, Ovar, Loures, Sines, Loulé e Mealhada.

O Carnaval celebra-se este ano no dia 01 de março.

A covid-19 provocou pelo menos 5.710.711 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.127 pessoas e foram contabilizados 2.843.029 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.