“Na madrugada de 11 de maio, o inimigo atacou com 108 drones de ataque Shahed e outros tipos de drones”, indicou a força aérea ucraniana, afirmando ter abatido 60 aparelhos.

No sábado à noite, soaram alertas aéreos em muitas regiões ucranianas, incluindo Kiev.

O Kremlin tinha decretado unilateralmente uma trégua de três dias para a comemoração do 80.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, celebrado na sexta-feira com grande pompa na Praça Vermelha de Moscovo.

Estes ataques de drones ocorrem num contexto de intensos esforços diplomáticos europeus, apoiados pelos Estados Unidos, para obter de Moscovo um cessar-fogo “completo e incondicional” de 30 dias a partir de segunda-feira, sob pena de a Rússia enfrentar novas “sanções maciças”.

Hoje, o Presidente russo propôs negociações “diretas e sem condições prévias” entre Moscovo e Kiev, já na quinta-feira, em Istambul, adiando para essas conversações qualquer possibilidade de estabelecer o cessar-fogo exigido pelos aliados do chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Putin não excluiu a hipótese de um cessar-fogo ser discutido nas conversações com Kiev, mas sublinhou que essas discussões devem centrar-se nas “causas profundas do conflito”.

Moscovo tinha justificado o lançamento da ofensiva em fevereiro de 2022 com a vontade de “desnazificar” a Ucrânia, opondo-se à aproximação de Kiev ao Ocidente e ao reforço da NATO junto às fronteiras russas.

As forças russas ocupam atualmente cerca de 20% do território ucraniano.