A investigação relacionada com Joe Berardo conta com um total de onze arguidos. Seis serão coletivos e cinco individuais, entre os quais o empresário madeirense, Carlos Santos Ferreira (o ex-presidente da CGD entre 2005 e 2007) e André Luiz Gomes. A notícia foi inicialmente avançada pelo Jornal de Notícias (JN).
O diário dá ainda conta que pelo menos uma das associações controladas por Joe Berardo deverá ser uma das entidades coletivas constituídas arguidas. O JN acrescenta que no centro da operação está um alegado conluio numa luta interna de poder na Caixa.
O caso foi tornado público depois de uma operação em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, 20 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três a estabelecimentos bancários e uma a escritório de advogado, tendo ainda sido emitidos dois mandados de detenção, visando o empresário e o seu advogado de negócios e de longa data André Luíz Gomes.
Segundo comunicados da PJ e do DCIAP, nesta investigação, que decorre no âmbito do denominado processo Caixa Geral de Depósitos (CGD), existem suspeitas da prática de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento e, eventualmente, crimes cometidos no exercício de funções públicas.
A PJ esclareceu que se trata de um grupo "que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros" e que terá causado "um prejuízo de quase mil milhões de euros" à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.
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