Ainda antes de serem conhecidas as projeções, a líder do BE, Mariana Mortágua, foi recebida com palmas na sala do Fórum Lisboa, onde os bloquistas vão acompanhar toda esta noite eleitoral, numa altura em que a antecessora no cargo, Catarina Martins, falava aos jornalistas à entrada.

Quando as três televisões dispostas na sala deram conta das projeções de RTP, SIC e TVI, os presentes na sala olhavam com atenção para os resultados que foram aparecendo, mas sem qualquer manifestação em particular.

“Haver uma abstenção baixa é sempre um bom sinal, as pessoas vão escolher, vão decidir e isso é muito importante. Devo dizer que para mim o mais importante é dizer do imenso orgulho desta campanha do Bloco de Esquerda, como a Mariana Mortágua esteve extraordinária em cada dia desta campanha”, disse Catarina Martins.

De acordo com a antiga líder bloquista, Mortágua “foi a líder política mais preparada que este país já conheceu”.

“E eu tenho a certeza que o Bloco de Esquerda, com ela, continuará a ser a esquerda de confiança, combativa e incansável que toda a gente conhece. De resto, aguardamos os resultados tranquilamente, contentes por a abstenção ter sido mais baixa”, disse.

Também aos jornalistas falou o fundador e antigo líder do BE, Francisco Louçã, que considerou que o combate da esquerda é por “uma sociedade que seja mais respeitada, mais fraterna, mais solidária, mais capaz, mais competente, mais eficaz”.

“O aumento da participação eleitoral é uma excelente notícia. As pessoas votaram como tiverem votado e só saberemos quando as urnas forem abertas”, disse apenas.

O objetivo de Louçã é que estas “eleições sejam uma viragem e que elas sejam uma boa resposta para pessoas que estão muito angustiadas, estão magoadas, que perceberam que se perdeu tempo nos últimos anos, que houve problemas que se agravaram”, mostrando-se confiante.