Segundo o The Guardian, os investigadores encontraram provas da existência de uma gruta subterrânea na Lua que é acessível a partir da superfície, o que faz do local uma localização privilegiada para a construção de uma futura base lunar.
O acesso parece ser possível a partir de um poço aberto no Mare Tranquillitatis, a antiga planície de lava onde os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram a Lua pela primeira vez há mais de meio século.
A gruta terá 45 metros de largura e até 80 metros de comprimento, uma área equivalente a 14 campos de ténis, e está a cerca de 150 metros abaixo da superfície.
Lorenzo Bruzzone, da Universidade de Trento, em Itália, frisa que a caverna era "provavelmente um tubo de lava vazio", acrescentando que este tipo de estruturas poderia servir de habitat humano para futuros exploradores, uma vez que constituíam "um abrigo natural contra o ambiente lunar rigoroso".
Há mais de uma década que se encontram poços na Lua, uma espécie de "clarabóias" que deverão conduzir a grutas subterrâneas. Ao todo, estão já documentados pelo menos 200.
Neste sentido, devido às suas configurações, pensa-se que poderão vir a funcionar como abrigos de emergência, já que são locais com temperatura relativamente estável no interior e que serviriam para proteger de forma natural os astronautas dos raios cósmicos nocivos, assim como da radiação solar e dos micrometeoritos.
Agora, os investigadores pretendem estudar as rochas no interior destas grutas, já que podem fornecer pistas sobre a formação da Lua e a sua história vulcânica. Além disso, estas grutas podem também conter gelo de água, um recurso que Bruzzone considera essencial para missões lunares a longo prazo e para a colonização.
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