Em declarações à agência Lusa, a deputada Patrícia Fonseca, eleita e de novo candidata do CDS por Santarém, afirmou que a decisão do reitor, anunciada na terça-feira, é “um atentado à liberdade de escolha e ao mundo rural”.
A parlamentar centrista quer, agora, saber o que pensa o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, das declarações do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.
“O nosso desafio ao ministro da Agricultura, que supostamente deve defender o setor que tutela, é saber qual a sua posição” sobre as declarações de Matos Fernandes que, na quarta-feira considerou ser relevante que uma universidade como a de Coimbra “tudo faça” com o objetivo de ser neutra em carbono.
Patrícia Fonseca lembrou que Matos Fernandes, quando apresentou o roteiro da neutralidade carbónica, quis “reduzir a produção pecuária fortemente”.
Na terça-feira o reitor da Universidade de Coimbra anunciou que vai eliminar o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias a partir de janeiro de 2020, por razões ambientais.
Segundo o reitor da universidade, Amílcar Falcão, a eliminação do consumo de carne nas cantinas universitárias será o primeiro passo para, até 2030, Coimbra se tornar "a primeira universidade portuguesa neutra em carbono".
A carne de vaca será substituída "por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal".
Por ano, cerca de 20 toneladas de carne de vaca são consumidas nas 14 cantinas universitárias da Universidade de Coimbra.
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