Os Agrupamentos de Centros de Saúde Oeste Sul e Oeste Norte são os primeiros na região de Lisboa e Vale do Tejo onde o rastreio visual infantil arrancou e só termina em 2019, informou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
“Com o Rastreio de Saúde Visual Infantil, estamos a apostar na deteção precoce de problemas de visão, como estrabismo, miopia, hipermetropia e astigmatismo, proporcionando, sempre que necessário, o encaminhamento para uma consulta de oftalmologia num hospital”, explicou Eunice Carrapiço, médica de família e coordenadora do programa na ARSLVT.
O rastreio engloba três mil crianças.
A ambliopia, uma disfunção oftalmológica caracterizada pela diminuição da acuidade visual, ocorre desde idades precoces, sem apresentar sintomas ou alterações comportamentais.
A ambliopia é considerada a causa mais frequente de perda de visão entre os 20 e os 70 anos e a sua prevalência nos países desenvolvidos varia entre 1 e 5%.
Os centros de saúde vão proceder a consultas e testes de rastreio, estando os beneficiários dispensados do pagamento da taxa moderadora.
O teste consiste na realização de uma fotografia aos olhos da criança, feita com uma tecnologia inovadora, rápida e indolor, que permite identificar fatores de risco para a ambliopia. A imagem é enviada para o centro de leitura do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, onde será analisado por um oftalmologista.
Se os testes realizados não apresentarem alterações de visão, a criança regressa à lista de rastreios e volta a ser convocada para um novo exame aos quatro anos. Se o oftalmologista detetar alterações, a criança será chamada para uma consulta de oftalmologia no hospital, onde será avaliada, feito o diagnóstico e, caso necessário, o tratamento.
O ACES Oeste Norte integra os centros de saúde de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche e Bombarral, no distrito de Leiria, o ACES Oeste Sul os centros de saúde da Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço e Mafra, no distrito de Lisboa.
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