“Seis mil pessoas entraram no campo, 157 testaram positivo” para o novo coronavírus, disse aos meios de comunicação Alexandros Ragavas, um dos porta-vozes do Ministério das Migrações grego.
Desde o incêndio da noite de 08 para 09 de setembro, as cerca de 12 mil pessoas que viviam em condições insalubres no campo de Moria – “uma vergonha da Europa” segundo as organizações não-governamentais (ONG) – estavam a viver à beira das estradas e em estacionamentos de supermercados.
Muitos dos migrantes estavam relutantes em entrar no campo, temendo ficar retidos novamente, como haviam estado durante meses no campo de migrantes de Moria.
Entretanto, uma operação policial na quinta-feira e a ameaça de os pedidos dos requerentes de asilo que estão fora do campo não serem processados pelas autoridades levaram vários milhares de refugiados a entrar no novo campo, situado na mesma ilha de Lesbos.
Na chegada, todos fizeram testes para detetar o novo coronavírus e duas zonas de quarentena foram instaladas.
Este novo campo construído de urgência terá capacidade para acomodar de 8.000 a 10.000 pessoas, de acordo com as estimativas, divididas em particular por nacionalidade.
Já o antigo campo de Moria, onde a violência, furtos e confrontos eram abundantes – pelo menos sete migrantes morreram naquele local em confrontos em 2020 – começou a ser demolido hoje por máquinas, segundo um correspondente no local da agência de notícias AFP.
O enorme campo de Moria, na ilha grega de Lesbos, erguido há cinco anos no auge da crise migratória, foi totalmente destruído por um incêndio entre 08 e 09 de setembro.
Seis jovens afegãos são suspeitos de estarem envolvidos no desastre, quatro dos quais foram indiciados em Lesbos por incêndio criminoso, incitação à violência a uso ilegal de força.
Outros dois suspeitos, de 17 anos, já tinham sido transferidos para o continente num grupo de 400 menores desacompanhados de Moria, mas serão encaminhados para o Ministério Público em data posterior, indicou fonte judicial.
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