Cerca de 1.000 vítimas da tempestade que estavam alojadas num centro cívico da cidade texana de Beaumont, uma cidade de 120 mil habitantes que está sem água potável por causa da intempérie, tiveram de ser transportadas na quinta-feira à noite para Dallas, disse esta sexta-feira Brad Peterson, um porta-voz dos serviços de emergência de Beaumont.
As autoridades locais informaram que a maioria das vítimas foi alojada num grande centro de acolhimento na zona central de Dallas, o Hutchison Convention Center, enquanto os restantes foram distribuídos por abrigos de menores dimensões localizados na mesma área.
Uma porta-voz das autoridades de Dallas, Monica Cordova, disse hoje que cerca de 700 pessoas dormiram no Hutchison Convention Center.
O último balanço dá conta que a tempestade Harvey terá provocado 39 mortos e milhares de desalojados no Estado do Texas.
A tempestade tropical Harvey, que atingiu no final de semana passada o Estado do Texas como um furação de categoria 4 (numa escala em que a categoria máxima é 5), provocou chuvas torrenciais, grandes inundações e desalojou milhares de pessoas só na área da cidade de Houston, a cidade mais populosa do Texas, no sul dos Estados Unidos.
A tempestade deslocou-se depois para leste e atingiu o Estado do Louisiana.
Apesar de ter evoluído para uma tempestade tropical, o Harvey foi o furação mais forte a chegar os Estados Unidos desde 2005, ano em que o Katrina atingiu Nova Orleães, e o maior a afetar o Estado do Texas desde 1961.
Só no Estado do Texas, a tempestade Harvey terá provocado até agora prejuízos na ordem dos 58 mil milhões de dólares (cerca de 49 mil milhões de euros), segundo um relatório de uma equipa de peritos alemães em catástrofes naturais publicado na quinta-feira.
Caso esta estimativa se confirme, a tempestade Harvey será a nona catástrofe natural mais dispendiosa desde 1900, segundo o Centro para a gestão de catástrofes e redução de riscos tecnológicos (CEDIM) de Karlsruhe.
Perante tal cenário, o custo total das catástrofes naturais registadas no mundo durante o ano corrente poderá ultrapassar a barreira dos 100 mil milhões de dólares (84 mil milhões de euros) pelo oitavo ano consecutivo.
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