Carlos César discursou esta noite no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS e alertou para as dificuldades que os deputados socialistas enfrentam por serem “simultaneamente parlamentares da oposição e parlamentares de uma alternativa ao Governo”.
“Essa condição não é uma condição fácil, tanto mais que exige uma especial competência e rigor porque há perigos que contaminam a ansiedade com que os representantes da oposição, que são também protagonistas de uma alternativa ao Governo, se confrontam”, admitiu, considerando que uma delas e uma é “um excessivo facilitismo na sua intervenção”.
Porque “o populismo tanto mora no facilitismo da negação como no desvario da promessa”, o presidente do partido considerou ser preciso manter o “alto sentido de responsabilidade”, apontando o “bom exemplo” que foi dado na discussão recente do Orçamento do Estado.
“A capacidade e a credibilidade de um partido como o nosso está inteiramente dependente das razões pelas quais dizemos não e da coragem com que também sabemos dizer sim”, disse.
Na opinião de Carlos César, o PS deve manter “a coragem de dizer não e a coragem de dizer sim, independentemente das companhias”.
“Lembrar ao PSD e à AD que o Partido Socialista tem 50 anos ao serviço do Portugal democrático. Não se confunde, nem nunca se confundiu, nem com os devaneios à sua esquerda, nem se descuidou dos perigos que chegam da extrema-direita”, referiu.
Manifestando orgulho pelo trabalho que tem sido feito pelos deputados do PS, o presidente do partido alertou para a importância deste mesmo trabalho em 2025, quando haverá eleições autárquicas, que vão exigir dos deputados uma grande entreajuda” e uma “grande proximidade” aos candidatos do partido.
“E teremos também certamente um ano de escolhas mais sensíveis, como aquelas que envolverão as escolhas para a Presidência da República, em que naturalmente que os socialistas, cada um de nós, desejará que esse lugar seja ocupado por alguém que transmita, por um lado, confiança, por outro lado, equilíbrio, por outro lado, segurança no desenvolvimento do regime democrático e, sobretudo, que assegure também outra componente que é a do prestígio que o nosso país tem direito e necessita junto do exterior, em especial no espaço europeu onde convivemos”, elencou.
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