No relatório “Saúde Infantil e Juvenil – Portugal 2018”, a DGS aponta para uma ligeira redução da proporção global de partos por cesariana, mas ainda assim que colocam o país acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Portugal passou de uma taxa de 35,6% de cesarianas em 2013 para 33% em 2016. Contudo, nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde a taxa de cesarianas está abaixo dos 30%, situando-se, em 2016, nos 27,6%.
Aliás, a taxa de cesarianas nos hospitais do SNS tem vindo a ter uma redução ligeira, mas permanente de 2013 a 2016.
Nos hospitais privados, a taxa de cesarianas era de 65,5% em 2016, ano em que as unidades privadas realizaram quase 12.500 dos mais de 85 mil partos em Portugal.
“Apesar de os partos por cesariana terem registado uma tendência decrescente, a percentagem de cesarianas é ainda elevada e importa referir que é significativamente mais elevada nas maternidades privadas, constatando-se espaço para melhoria e necessidade de reflexão acerca da referida assimetria”, conclui a Direção-geral da Saúde.
O documento, divulgado no site da DGS, recorda que "as cesarianas clinicamente desnecessárias são motivo de preocupação médica e económica".
O relatório sobre a saúde infantil e juvenil debruça-se ainda sobre o aleitamento materno, registando tendência de melhorias quanto à amamentação exclusiva aos seis meses de vida do bebé.
Contudo, a DGS reconhece que é necessária “especial atenção” para garantir “sustentabilidade desta tendência de melhoria”.
Comentários