"A CGD vai pedir à EY que expurgue questões de sigilo bancário, após o que enviará a auditoria para o parlamento", afirmou a mesma fonte, acrescentando que o banco “solicitou ao Banco de Portugal e à PGR [Procuradoria-Geral da República] a autorização para enviar a auditoria à Assembleia da República”.
Hoje, o Ministério Público informou “nada ter a opor” que a CGD disponibilize ao parlamento a auditoria feita pela EY à gestão do banco público.
“O Ministério Público concluiu nada ter a opor que a CGD, entidade que ordenou a elaboração da referida auditoria e que está em condições de a expurgar de eventual matéria que considere estar em segredo bancário, a disponibilize à AR [Assembleia da República]”, anunciou em comunicado a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A administração da CGD recusou a entrega do relatório à AR num primeiro momento invocando sigilo bancário e, numa segunda vez, invocando o segredo de justiça.
Em 09 de janeiro, a comissão parlamentar anunciou que iria pedir à PGR o acesso ao relatório da auditoria feita à gestão da CGD entre 2000 e 2015, depois de o banco público ter recusado pela segunda vez o acesso.
Na semana passada, foi conhecida uma versão preliminar da auditoria da EY, datada de dezembro de 2017 e divulgada por Joana Amaral Dias, em que são apontados problemas de concessão de créditos mal fundamentada, atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, interferência do Estado e ineficiências na gestão de risco.
O documento revelou também que administradores da CGD receberam “remuneração variável” e “voto de confiança”, mesmo em anos com resultados negativos.
Notícia atualizada às 21:11
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