Michel considerou, em comunicado divulgado em semana de cimeira do Conselho (quinta e sexta-feira), que a Agenda Estratégica para o próximo mandato tem de contemplar “quatro grandes áreas”, entre elas a “consolidação da base socioeconómica”, nomeadamente, “a transição ‘verde’ e a digital, a competitividade, inovação e a saúde”.

Na ótica do presidente do Conselho, os 27 da UE têm ainda de “resolver o desafio da energia”, em particular a oscilação abrupta de preços e a diversificação, para acabar com a dependência de países como a Rússia, que podem acabar por utilizá-la para chantagear Bruxelas.

Ainda na sequência da invasão da Federação Russa à Ucrânia, Michel considerou que o bloco comunitário tem também de dar prioridade a “fortalecer as capacidades de segurança e Defesa”.

Finalmente, apontou como objetivo prioritário “aprofundar os compromissos com o resto do mundo”, para que a UE se estabeleça como uma das potências mundiais.

“A nossa União foi cimentada sobre valores fundamentais. Mas estes valores estão sob ataque de maneiras inovadoras. Num mundo que está a viver uma profunda transformação tecnológica, onde a inteligência artificial vai desempenhar um papel fundamental com consequências que não conseguimos prever, devemos assegurar que continuamos capazes de proteger e promover estes valores, dentro e fora da UE”, referiu Charles Michel.

Em simultâneo, o presidente do Conselho disse que é necessário olhar para o alargamento da UE como de elevada importância, sem descurar “as implicações do alargamento”, nomeadamente o processo de decisão entre os Estados-membros.

Michel iniciou o primeiro mandato como presidente do Conselho Europeu em 01 de dezembro de 2019 e em 24 de março de 2022 foi reeleito para um segundo mandato de dois anos e meio.

Espanha vai iniciar no dia 1 de julho a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, por um período de seis meses, sucedendo à presidência sueca.

Seguem-se a presidência belga, no primeiro semestre de 2024, e a húngara, que vai iniciar funções com uma composição renovada do Parlamento Europeu e das restantes instituições.