Depois do anúncio da morte do norte-americano, aos 61 anos, ambos os chefs portugueses, premiados com estrelas Michelin, lamentaram o sucedido.
"Acima de tudo deixa uma marca, não só na gastronomia, mas na forma como transmitia com paixão os seus programas [televisivos]", referiu Henrique Sá Pessoa à agência Lusa.
O chefe de cozinha recordou a escrita de Anthony Bourdain, acreditando que os seus textos "descreverem tão bem os sítios por onde passava, retratando-os num todo, não só a nível gastronómico", como fez em Portugal.
"Acima de tudo, ele preocupou-se em retratar o povo português", explicou.
Para Henrique Sá Pessoa, o famoso chefe de cozinha norte-americano era "um homem com um perfil e espírito livre, que era o que era e que nunca se preocupou em agradar ninguém".
“Lamentamos profundamente o desaparecimento de Anthony Bourdain. É uma enorme perda para o mundo da gastronomia. Os nossos pensamentos estão com a família e os amigos”, lê-se na publicação do chefe de cozinha José Avillez no Facebook.
O famoso chefe de cozinha cometeu suicídio por enforcamento, confirmou hoje o Ministério Público da localidade francesa de Colmar, onde este se encontrava em trabalho.
Bourdain encontrava-se em França a trabalhar num programa sobre Estrasburgo e foi encontrado morto no seu quarto de hotel pelo chefe francês e seu amigo Eric Ripert.
A estação de televisão em que Bourdain trabalhava, a CNN, tinha avançado anteriormente com a notícia da morte referindo também as circunstâncias da morte.
"É com imensa tristeza que podemos confirmar a morte do nosso amigo e colega Anthony Bourdain", revelou a CNN em comunicado.
Com o seu premiado programa “No Reservations”, Bourdain viajou por uma série de países, à procura dos seus pratos característicos, visitando Portugal em quatro ocasiões e passando por Lisboa, Porto e Açores.
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